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quarta-feira, 6 de abril de 2011

BARES E RESTAURANTES: FALTA MÃO DE OBRA

Quem entende de cozinha deve ficar atento às oportunidades de emprego. Estão faltando profissionais em restaurantes e bares do Brasil. E faltam padeiros e confeiteiros. As vagas crescem e a remuneração também. Tem patrão oferecendo até quatro mil reais de salário.

Foram 30 anos até Pedro chegar a chef de cozinha. Agora, ele está entre os seis milhões de trabalhadores do setor. São dois milhões de restaurantes e lanchonetes no Brasil.

As pessoas estão comendo mais fora de casa. Esse comportamento deve aumentar com o passar dos anos. Universidades captaram a tendência e criaram faculdades de gastronomia. Em 2004, havia apenas dois cursos reconhecidos pelo MEC, mas em cinco anos o número saltou para 26 cursos. Ninguém quer sair lavando pratos.

Você precisa de profissionais de base. Então, um bom garçom, um bom cozinheiro, um bom auxiliar de cozinha”, explicou a coordenadora de cursos do Senac, Gisela Brandão.

O dono de restaurante Luiz Campiglia paga bem. São R$ 2,5 mil para ajudante de cozinha. Ele procura dois profissionais e não encontra, mas o que ele acha complicado mesmo são os garçons. “Não está qualificada. Ccomo o mercado cresceu muito. Essa sensação de que existe muito emprego faz com que esse pessoal se acomode”, explica.

Além do curso básico de garçom, o Senac oferece aulas de café, chocolate e charutos. Cozinheiros e auxiliares aprendem a fazer salgados e doces. Dependendo da condição financeira do aluno, o curso sai de graça.

Em Fortaleza, outra área cria vagas para o setor de alimentação. É o turismo. As barracas de praia, que recebem visitantes de todo o mundo, precisam de gente para trabalhar, mas é difícil de encontrar. Mesmo depois da alta estação, só uma delas tem 20 vagas para auxiliar de cozinha e garçom. Os garçons ganham uma média de R$ 700. Os melhores cozinheiros podem ganhar até R$ 1,6 mil.

Quem quiser continuar na área de alimentação, um curso de padeiro ou confeiteiro é de grande ajuda. O interessado pode trabalhar na indústria de pães, bolos ou numa padaria mesmo.

O que o setor sente falta mesmo é de gente qualificada. A Associação Brasileira das Padarias admite que precisa de pelo menos 25 mil profissionais.

O problema é achar alguém para preencher essas vagas. Um bom padeiro pode ganhar entre R$ 1,4 mil e R$ 2,5 mil. Já o salário de um confeiteiro chega a R$ 4,5 mil. Mas antes de investir na profissão, o interessado deve estar preparado para os sacrifícios. A maioria dos profissionais trabalha nos fins de semana e também feriados.

O Senai e o Senac dão cursos sobre o preparo de pães e bolos. O Sebrae ensina sobre as máquinas usadas na panificação e como não errar ao abrir um negócio. O sindicato das padarias também dá cursos na área.

Gisela brandão - coordenadora de cursos de gastronomia Senac: “Tecnologias vão aparecendo. Novos preparos têm que estudar a cultura e o preparo. É uma profissão apaixonante e muito abrangente porque faz interface com outras áreas de conhecimento também”, completou Gisele.


Fonte: Jornal Hoje http://g1.globo.com/jornal-hoje/noticia/2011/04/falta-de-qualificacao-faz-sobrar-vagas-de-trabalho-em-bares-e-restaurantes.html

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