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terça-feira, 20 de março de 2012

Quanto ganha os profissionais das empresas digitais?

Média salarial digital cresce 35,3%. Este foi o índice médio de alta nas agências do segmento em 2011, segundo pesquisa da Abradi.

A média salarial dos profissionais atuantes em agências digitais teve variação positiva de 35,3% em 2011, já descontada a inflação do período. A revelação é da segunda edição da Pesquisa de Cargos e Salários que a Abradi – Associação Brasileira das Agências Digitais lança neste mês.

A primeira edição foi divulgada em junho de 2012, com dados de 120 agências, sobre 40 cargos. Desta vez, a consultoria Remunerar fez um estudo mais amplo sobre 74 cargos, incluindo salários, benefícios e perfis de profissionais que atuam em 112 agências digitais de todo o Brasil, sendo 64% do Sudeste, 25% do Sul e 11% do Nordeste, Centro-Oeste e Distrito Federal.

As maiores médias salariais no Sudeste são dos diretores de mídia (R$ 14.580,18), operações (R$ 10.307,59), planejamento (R$ 10.193,04), atendimento (R$ 8.993,60), tecnologia (R$ 8.363,45) e criação (R$ 8.162,48). Veja tabela completa mais abaixo, incluindo maiores e menores salários.

A pesquisa foi realizada entre outubro de 2011 e janeiro passado. As agências ouvidas somam 2.100 funcionários, sendo 66% homens e 34% mulheres; 87% na faixa de até 28 anos e apenas 1% com idade superior a 36 anos.

Entre as pesquisadas, 67% são agências de pequeno porte, com até 20 funcionários; 21% tem porte médio porte, com efetivo variando de 20 a 50 profissionais; e 13% são de grande porte, com mais de 50 funcionários.

Há consideráveis diferenças entre as regiões: no cargo de programador, por exemplo, os profissionais do Sul ganham, em média, 30% menos que os do Sudeste. O tempo de experiência também influi: os profissionais plenos, que têm entre 2 e 5 anos de mercado, recebem 30% menos do que os seniores, que já acumulam mais de 5 anos de experiência. Já os juniores, com até 2 anos de trabalho, recebem até 60% menos do que os seniores.

Os principais benefícios concedidos pelas agências pesquisadas são: cursos de aperfeiçoamento (67%), vale refeição (62%), assitência médica (41%), vale alimentação (31%) e seguro de vida (24%). Para fazer contratações, as agências recorrem a indicação interna (29%), indicação externa (26%), redes sociais (23%) e head hunters (7%).

Segundo a Abradi, o mercado de agências digitais contratou duas vezes mais do que a média nacional do setor de serviços. No período de julho a setembro de 2011, as empresas pesquisadas contrataram mais do que demitiram, gerando um diferencial positivo de 3% a mais de vagas efetivas, versus um crescimento de 1,43% das contratações no setor de serviços em nove capitais, de acordo com levantamento do IBGE.

Confira, a seguir, as médias salariais das agências digitais do Sudeste:

 

sábado, 17 de março de 2012

Sabes quais são as carreiras que estão em alta hoje?

A proximidade da Copa do Mundo em 2014 e dos Jogos Olímpicos em 2016 já aquecem o mercado em algumas áreas como engenharia, tradução e intérprete e turismo. Mas, segundo especialistas ouvidos pelo G1, outras carreiras também estão em alta neste início de 2012. Você, por exemplo, sabe o que faz um especialista em SEO? E o responsável por "comunity and social manager"?
saiba mais
“Algumas profissões surgem de uma demanda da sociedade, do consumidor que precisa de um produto ou de um serviço que ainda não é oferecido”, afirma Fernando Mantovani, diretor de operações da Robert Half em São Paulo.
O setor de serviços ainda concentra o maior número de oportunidades. "Os eventos esportivos vão colocar o Brasil no foco das atenções e por isso a prestação de serviço e de atendimento aos turistas vai fazer a diferença", diz Alexia Franco, diretora da Hays.
As engenharias voltaram a ter papel importante no mercado, principalmente nos setor de petróleo e gás, com engenheiro químico, e na indústria, com a engenharia de produção. “Durante muitos anos os profissionais de engenharia migravam para outros setores como o financeiro, de investimento e consultorias, mas com os grandes projetos e o desenvolvimento do país, eles voltaram a ser requisitados em sua própria área”, diz Raphael Falcão, gerente da Hays.
Outras áreas que já estavam em crescimento e continuam em alta neste ano são construção civil e meio ambiente. O segmento de tecnologia da informação é um dos que mais enfrenta dificuldades para contratar. "É difícil encontrar pessoas com boa formação e conhecimento do segmento”, lembra Maria Fernanda Ortega, diretora de gente & gestão do Peixe Urbano.
Veja as carreiras mais promissoras para 2012, segundo especialistas:
ÁREA: SERVIÇOS
Tradutor e intérprete de inglês
Por que está em alta? Com a aproximação da Copa do Mundo em 2014 e dos Jogos Olímpicos em 2016, no Brasil, muitos profissionais estão buscando aprimorar seus conhecimentos em inglês para não perder oportunidades de emprego. “Vamos receber muitos turistas e delegações de outros países e os trabalhadores devem estar prontos para recebê-las. Não é uma demanda que existe sempre e por isso o mercado está aquecido nesta área”, ressalta Alexia.

O que faz? Tradução de documentos, textos, contratos, publicações, áudios, filmes e legendas, interpretação em palestras e eventos e aulas em escolas privadas, públicas, de idiomas ou particulares.

Formação: Nível superior em Tradução e Interpretação ou Letras (habilitação em inglês)

Salário: R$ 1.500 (valor diário por tradução simultânea)

Veja o Guia de Carreiras de tradutor e intérprete
 
Tradutor e intérprete de mandarim
mandarim (Foto: G1)
Por que está em alta? Com as relações comerciais entre Brasil e China, diversas empresas buscam profissionais que tenham conhecimentos em mandarim. “São atividades novas que surgem em função das necessidades do mercado”, diz Alexia.

O que faz? Tradução de documentos, textos, contratos, publicações, áudios, filmes e legendas, interpretação em palestras e eventos e aulas em escolas privadas, públicas, de idiomas ou particulares.

Formação: Letras (habilitação em chinês)

Salário: R$ 1.500 (valor diário por tradução simultânea)

 
RH do futuro
Empresa de TI investe dinheiro no funcionário (Foto: Reprodução TV Integração)
Por que está em alta? Empresas estão buscando profissionais de recursos humanos estratégicos e que façam amais do que organizar folhas de pagamentos e organizar festas de fim de ano. “Estamos recrutando pessoas que não façam apenas parte do quadro de funcionários da companhia, mas que também compreenda o negócio e possa ajudar a desenvolver novas soluções e projetos”, afirma Andreza.

O que faz? É responsável pela área de recursos humanos das empresas, pelo relacionamento com os funcionários e desenvolvimento organizacional, além de realizar funções como organização da folha de pagamentos, contratação e demissão.

Formação: Tecnólogo em recursos humanos ou nível superior com especialização na área (pós graduação)

Salário: até R$ 18 mil
 
Especialista em apresentações corporativas
apresentação corporativa (Foto: TV Globo/Reprodução)
Por que está em alta? As apresentações de empresas e de projetos estão ganhando importância para a divulgação de produtos ou serviços. “Alguns designers e redatores se especializaram em apresentações. São pessoas que conseguem vender o produto e deixam as pessoas com a sensação de que não conseguem mais viver sem aquilo”, diz Andreza.

O que faz? Cria e desenvolve apresentações em PowerPoint ou em vídeo para empresas, produtos e serviços. Tem grande habilidade de conversação e conseguem cativar as pessoas.

Formação: Não há formação específica

Salário: entre R$ 4 mil e R$ 6 mil
ÁREA: TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
Community and social manager (redes sociais)
Consumidores usam redes sociais e sites na internet para reclamar direitos (Foto: Reprodução/TV Morena)
Por que está em alta? “As empresas estão se posicionando nas redes sociais e precisam de profissionais que saibam responder, reagir e se posicionar em todas as situações. Ele é como um carteiro que leva as notícias para os consumidores”, lembra.

O que faz? Escreve textos, notas e monitora as redes sociais da companhia. Também é responsável por responder reclamações ou divulgar ações e produtos.

Formação: Nível superior com especialização na área (cursos livres ou pós-graduação)

Salário: entre R$ 3 mil e R$ 6 mil
 
Especialista em SEO (ferramentas de busca)
google computador (Foto: Reuters)
Por que está em alta? As ferramentas ou sites de busca são importantes para a estratégia das empresas. Ter o endereço publicado nesses locais aumenta a visibilidade e até os lucros. “Os consumidores vão até o Google para buscar informações e é muito importante que ele encontre a página da companhia. Ela não precisa necessariamente aparecer nas primeiras posições, mas deve constar no índice”, relata Andreza.

O que faz? Atua na construção de sites para que eles apareçam nos buscadores, por meio do aprimoramento das tags, textos e até mesmo na reformulação do endereço.

Formação: Nível superior com especialização na área (cursos livres ou pós-graduação)

Salário: entre R$ 6 mil e 10 mil
 
ÁREA: CONSTRUÇÃO CIVIL
Geólogo
Por que está em alta? Área de construção está formando equipes multidisciplinares para atuar nos projetos. “Eles estão entrando no ramo para auxiliar os engenheiros. É uma transformação que está acontecendo na área”, afirma Mantovani.

O que faz? Estuda a evolução da crosta terrestre e como ela pode ser usada futuramente. Ele também determina os locais em que é possível fazer perfurações para coletar amostras ou para a construção.

Formação: Nível superior em geologia

Salário: R$ 3.732 (6 horas – inicial)

Veja o Guia de Carreiras de geologia

 
Engenheiro ambiental
Engenheiro ambiental (Foto: TV Globo/Reprodução)
Por que está em alta? As construtoras começaram a se preocupar com o meio ambiente e estão lançando projetos sustentáveis e buscam profissionais que possam dar suporte para esses projetos. “Além da preocupação com a continuidade da existência, isso traz um resultado financeiro com a economia e também com a venda de um produto que se preocupa com o meio ambiente”, assegura Borges.

O que faz? Desenvolve projetos sustentáveis que respeitam os recursos naturais. Ele também avalia o impacto de obras e construções no meio ambiente.

Formação: Nível superior em engenharia ambiental

Salário: R$ 3.732 (6 horas - inicial)
 
ÁREA: AGRONEGÓCIO
Gestor de agronegócio
agronegócios (Foto: TV Globo/Reprodução)
Por que está em alta? As fazendas já não são administradas apenas pelas famílias, com a competição no mercado e o grande número de produtores, é preciso ter uma gestão profissional. “É preciso ter visão do negócio, quem não conhece todo o processo de produção perde oportunidades. A demanda por esses profissionais é grande no Centro-Oeste e na região nordeste do estado de São Paulo”, diz Borges.

O que faz? Traça as estratégias para a colheita e a distribuição das safras. Realiza as negociações e coordena as atividades de uma propriedade rural.

Formação: Tecnólogo em gestão de agronegócio ou nível superior em administração com especialização na área

Salário: entre R$ 5,5 mil e R$ 6,5 mil
 
PETRÓLEO E GÁS
Engenheiro químico
engenheiro químico (Foto: G1)
Por que está em alta? “A demanda por esses profissionais evoluiu com os trabalhos realizados no pré-sal. É uma carreira tradicional, mas com o atual momento do país, as oportunidades aumentaram”, relata Mantovani.

O que faz? Cria técnicas para extração de matérias-primas e para o desenvolvimento de produtos e equipamentos.

Formação: Nível superior em engenharia química

Salário: R$ 3.732 (6 horas – inicial)
 
ÁREA: INDÚSTRIA
Engenheiro de produção
engenharia de produção (Foto: Divulgação )
Por que está em alta? Com a automação das indústrias, a concorrência aumentou e as empresas precisam ter vantagens e diferenciais para não perder mercado. “Esse profissional faz a gestão da mão de obra e ajuda a aumentar a produtividade. Não basta apenas conhecer o processo produtivo, é preciso ter um planejamento para que todas as peças funcionem”, diz Borges.

O que faz? É responsável por aumentar a produtividade e melhorar o processo produtivo da empresa. Pode atuar diretamente com funcionários ou no setor financeiro.

Formação: Nível superior em engenharia de produção

Salário: entre R$ 2 mil e R$ 4 mil
 
ÁREA: LOGÍSTICA
Técnico em logística
Por que está em alta? “Existe logística em tudo, em todo o sistema de transporte e de armazenagem. Além do transporte nas cidades também existe demanda nas áreas de importação e exportação. A grande dificuldade é encontrar mão de obra qualificada”, ressalta Borges.

O que faz? Responsável pelo sistema de transporte e armazenamento. Deve criar estratégias para melhorar o nível organizacional e a eficiência da empresa.

Formação: Nível técnico em logística ou nível superior e especialização na área

Salário: R$ 1.500 (inicial)

Veja o Guia de Carreiras de logística
ÁREA: PAPEL E CELULOSE
Engenheiro florestal
 Por que está em alta? “As empresas do setor começaram a se preocupar com o meio ambiente e não desmatam qualquer lugar para obter a matéria prima de seus produtos. Além de conhecer todo o processo de reflorestamento, ele também precisa garantir o fluxo de produção”, explica Mantovani.

O que faz? É responsável pelo estudo e uso sustentável da floresta. Atua para conservar as áreas plantadas ou naturais.

Formação: Nível superior em engenharia florestal

Salário: R$ 3.270 (6 horas - inicial)

Veja o Guia de Carreiras de engenharia florestal
Fontes: Alexia Franco, diretora da Hays, Andreza Santana, gerente de marketing do Monster, Fernando Mantovani, diretor de operações da Robert Half, em São Paulo, Francisco Borges, diretor acadêmico da Veris IBTA Metrocamp, Maria Fernando Ortega, diretora de gente & gestão do Peixe Urbano e Raphael Falcão, gerente da Hays.
Pâmela Kometani
Do G1, em São Paulo
http://glo.bo/zgaddw