Líderes de empresas pioneiras identificam motivos para ter o local de trabalho aberto a funcionários gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros - e os passos para criar tal ambiente
Diane Cadrain, da HR Magazine
Quando a Suprema Corte da Califórnia sancionou o casamento entre pessoas do mesmo sexo em maio do ano passado, alguns defensores aplaudiram a decisão e deram um aceno às empresas. Eles disseram que a decisão simplesmente confirma realidades existentes no mundo corporativo, onde a igualdade entre casais homo e heterossexuais tem sido a regra por anos. [N.R: Após a decisão da Suprema Corte da Califórnia, um plebiscito realizado em novembro de 2008 no estado desaprovou a oficialização da união de casais do mesmo sexo. Contudo, outros cinco estados norte-americanos deram sinal verde para a legalização do casamento gay: Massachusetts, Iowa, Vermont, Connecticut e Maine. No Estado de Nova York, está sendo analisada proposta para a legalização desse tipo de união.]
"O setor empregador está à frente dos tribunais", diz David Buckel, conselheiro sênior da Lambda Legal, grupo de advocacia sediado em Nova York que lida com os direitos civis de gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros (GLBT). "Ele já sabe como atrair e reter funcionários comprometidos e aparecer de uma forma positiva para o público", diz, acrescentando que "mais da metade das companhias da lista da Fortune 500 já concedem benefícios para os parceiros. E essas organizações [da Fortune 500] não fazem as coisas de brincadeira - tudo tem a ver com resultados. Com os tribunais começando a concretizar a promessa de igualdade, mais empresas irão se alinhar".
Embora esse tema possa ser um desafio para alguns empregadores - e para profissionais de RH que venham a lidar com isso -, no que tange à definição do modo de começar a construir a inclusão de GLBT no local de trabalho, especialistas recomendam alguns passos concretos. Além disso, o apoio está surgindo de avanços como a decisão de determinados estados e das conquistas de várias entidades.
Lisa Wright Borden, sócia da Baker, Donelson, Bearman, Caldwell & Berkowitz diz que, para os empregadores, esse fenômeno terá desdobramentos econômicos. "Com as mudanças na força de trabalho, devido à chegada de funcionários e candidatos mais jovens, mesmo pessoas que não pertencem a esses grupos se importam com a política das empresas. Grandes firmas de advocacia competindo pelos melhores estudantes de Direito estão recebendo candidatos que perguntam sobre diversidade e assistência jurídica a pessoas menos favorecidas - uma empresa perde muito terreno se não tiver um bom ambiente." E ela acrescenta: "É uma questão geracional - trabalhadores mais velhos eram mais focados no que eles poderiam fazer para a empresa; os mais jovens, no que as empresas podem fazer para eles."
Brad Salavich, gestor de diversidade GLBT da IBM, observa as vantagens que políticas inclusivas podem ter na reputação de uma organização junto a funcionários e candidatos. "Empresas que atraem e apóiam candidatos e funcionários GLBT estão um passo à frente na guerra por talentos", diz. "Elas querem os melhores funcionários e gozar de uma boa reputação junto a candidatos por terem uma cultura que apóia mulheres, minorias e GLBTs."
Além disso, continua Salavich, "existe uma relação direta entre diversidade